quinta-feira, 8 de março de 2007

Grupo Gayvota pede justiça e respeito a opção homossexual

Por Jully Camilo, Jornal Pequeno

O Centro de Referência GLBT, representado pelo Grupo Gayvota afirmou, ontem à tarde, que acompanhará de perto o caso do travesti Abdias de Sousa Cardoso, morto na madruga de segunda-feira (5), nas proximidades da avenida Guajajaras, com 17 perfurações de facão espalhadas pelo corpo, sendo sete no crânio. Segundo o assistente de coordenação do Centro de Referência Gayvota, militante ativista Airton Ferreira da Silva, este tipo de violência é o reflexo de como a sociedade, encara a opção “ser” homossexual. “Assistimos a mais um crime bárbaro contra um homossexual, que além da execução foi encontrado com requintes de crueldade. O crânio aberto, os dedos cortados, entre outros sinais de violência. E este é o segundo caso em menos de um mês, pois no dia 16 de fevereiro, outro homossexual foi morto a facadas, por um adolescente conhecido como Pimentinha, de 16 anos, nas proximidades da lagoa do Angelim. Isso tem que parar”, afirmou Aírton.De acordo com o coordenador do Centro Fabrízio Correia, o grupo se deslocará até a delegacia do São Cristóvão – 11° DP, responsável pelo inquérito, para acompanhar o caso e informar a sociedade sobre os procedimentos tomados em relação ao caso. “Do ano de 2000 até o ano passado, já registramos 18 homicídios contra homossexuais. Percebemos que a cada dia isso vem tomando proporções maiores e todos eles com sinais de torturas antes da morte. Chamamos a atenção das autoridades competentes para este problema, afinal também somos uma fatia da sociedade”, declarou.

Data de Publicação: 7 de março de 2007

Nenhum comentário :